No passado mês de Julho o meu filho mais velho teve a sua primeira experiência “a solo” no estrangeiro, foi para um colégio de verão aprender inglês.
Foi uma experiência que eu também tive, mais ou menos com a idade dele e que me ficou para a vida, e por isso sempre tive a vontade de, quando chegasse a altura, poder proporcioná-la aos meus filhos.
Ora esta mãe, que está sempre a inventar e com viagens na cabeça, assim que a viagem começou a tomar forma, pensou que giro giro era no fim do curso ir ter com ele a Londres, ficávamos lá mais dois ou três dias e aproveitávamos para fazer alguns programas ao gosto do dois!
Ora, depois de voltas e reviravoltas decidi que iria para Paris, ver umas exposições que queria ver, depois seguia para Londres. Respirava Paris e ainda riscava um dos itens que estava na minha bucketlist de viagens – atravessar o canal da mancha de comboio!
Isto tudo o que é que tem a ver com o Yotel? Nada e tudo!
Ou seja, eu adoro e por isso planeio e organizo todas as minhas viagens sozinha e normalmente corre sempre bem. Mas esta viagem em particular foram várias coisas a ser marcadas, pensadas, planeadas, calculadas… voos – os meus, os do meu filho, os de um amigo dele, comboio, hotéis, espectáculos etc etc.
Eu cheguei a Londres de comboio, mas o meu filho chegou a Londres de avião, ao aeroporto de Gatwick. Os nossos voos de regresso, por uma questão de horário eram de Heathrow… mas os voos do amigo que foi com ele e que fui eu também que marquei, era de Gatwick…
Não me perguntem como nem porquê, mas eu meti na cabeça que o nosso aeroporto era Gatwick… os dias todos que estive em Londres tinha na cabeça o aeroporto de Gatwick… fiz o checkin online com a devida antecedência, mas nem verifiquei e nem me preocupei com essa questão, pois na minha cabeça estava assente que era Gatwick.
Ora, no dia da partida, fomos à nossa vida, fizemos tudo o que tínhamos planeado fazer e com a devida antecedência fomos ao hotel buscar a bagagem, e até estivemos a fazer tempo para irmos para o aeroporto.
Chegados ao aeroporto, dirigimo-nos ao que era suposto serem os balcões de checkin da Tap e não havia um único aberto… o meu filho disse-me “oh mamã, não acredito que chegámos cedo de mais…” passaram uns minutos e comecei a achar estranho não ver movimentação e fui perguntar a um balcão do lado. Eis senão quando o sr. me diz, só se se enganou no aeroporto e de repente fez-se luz, abri o email da reserva e lá estava bem escarrapachado – HEATHROW…
Pois, a partir daqui foi a loucura… mas resumindo, apanhámos um taxi (serviço especial do aeroporto) de Gatwick para Heathrow, o motorista foi simplesmente 5***** e foi literalmente a voar, ultrapassou todos os limites de velocidade, eu ia num estado de nervos brutal, o meu filho ia de olhos postos no GPS e de minuto a minuto eu ia-lhe perguntado quantas milhas faltavam, só que nas imediações de Heathrow o trânsito estava caótico, o dia era de final de ano lectivo e por isso havia ainda mais trânsito, que o normal.
Bom, chegámos tipo 3 minutos depois do “drop luggage” ter fechado… eu viajo quase sempre com mala de cabine, mas o meu filho estava há 3 semanas fora, era impossível ter só uma mala de cabine.
Escusado será dizer que tive ali uns minutos de desorientação e de não saber o que fazer.
Aquele era o último voo da Tap do dia… e de repente senti a pressão do tipo: ” não estou sozinha, estou com o miúdo…”
Agarrei-me ao telefone a tentar arranjar um voo para chegar a Lisboa… agora imaginem, último dia de aulas em inglaterra, início de férias de verão e voo marcado em cima da hora… pois, lowcosts completamente esgotadas, e voos a preços exorbitantes… mas a verdade é que tinha de arranjar maneira de nos virmos embora.
O voo mais próximo, e “barato” (este barato é absolutamente desadequado pois o valor dos voos foi exorbitante) que arranjei foi Heathrow – Amsterdão – Faro. Na realidade Faro ou Lisboa não fazia grande diferença, pois o meu carro estava no Algarve.
Passado os momentos de pânico e stress lá me acalmei e tentei ver o copo meio cheio, como tento sempre. É verdade que me apetecia esbofetear-me.. continuou a apetecer-me durante algum tempo ou sempre que via o extrato do cartão de crédito… mas há coisas piores.
A viagem do meu filho tinha corrido bem, ele adorou a experiência, adorou o colégio, correu tudo às mil maravilhas, não se magoou, não ficou doente nem “homesick”, os nossos dias em Londres em programa mãe-filho correram maravilhosamente bem, foi mesmo mesmo bom, e ainda ficámos com uma história/aventura para contar.
Eu e este meu filho somo muito parecidos no optimismo e na grande capacidade de nos rirmos de nós próprios e às tantas e com tantos nervos à mistura davam-nos ataques de riso com as buscas que fazia dos voos, e as alternativas e valores que encontrava.
E foi assim que conhecemos o Yotel, que ficava precisamente no terminal de onde íamos sair – terminal 4. A alternativa era dormir em cadeiras super desconfortáveis do aeroporto e como perdidos por 100 perdidos por 1000, lá fui saber como é que funcionava e quanto custava.
Então uma cabine como a nossa, que é a mais pequena custou cerca de 115€ e podíamos ficar até às 6:00am, mas como o nosso chekin abria mesmo às 4:30, isso não era problema.
Há cabine maiores, mais apropriadas para duas pessoas, mas mais caras também e aquela para as 5 horas que lá íamos estar servia bem.
Pois… escusado será dizer que o espaço é escasso, é tudo aproveitado ao milímetro, mas na realidade temos aquilo que necessitamos – cama, TV, Wifi, tomadas, duche e lavatório e sanita!
Como design tem alguma graça porque todo o espaço tem uma influência Hi-tech, parece que estamos a entrar numa nave espacial!!
Se repetia o Yotel? Repetia, é de facto uma boa solução para determinadas situações e dentro do que é, é bastante confortável. E a verdade é que a pessoa já não vai para nova, e uma noite mal ou não dormida é coisa para me ficar a pesar no corpo.
Acho que com este grande disparate, mas que acabou por resultar numa boa história para contar e lembrar, elevei o meu nível de viajante – devo estar quase no nível profissional!!!
Obrigada por lerem!