Depois de tantas idas a Paris, foi na última que fui finalmente a um típico cabaret parisiense.
Apesar de Paris ser uma cidade onde vou com alguma regularidade (embora não tanto quanto o meu coração me pede…), são sempre viagens curtas de 3 ou 4 dias e por isso não há tempo para tudo.
Já tinha lido algumas coisas sobre estes espectáculos e a curiosidade só aumentava. Tive dúvidas entre o três mais conhecidos: Le Crazyhorse, Le Moulin Rouge e Le Lido, mas após alguma pesquisa e muito por culpa do blog Conexão Paris, que é por sinal a minha bíblia quando vou a Paris para pesquisar sobre novidades, optei pelo Crazy Horse e gostei muito.
O espetáculo é muito bonito, muito sensual sem qualquer tipo de vulgaridade. A bailarinas são lindíssimas, com corpos mais que perfeitos! Existe um ritmo constante, e um grande jogo de luzes, sombras, espelhos e música que funciona muito bem.
A sala é pequena e intimista. É aquilo que imaginava, ou que tinha na cabeça, do típico cabaret. A cor dominante é o vermelho, e os tecidos são muito à base de veludos. Mas não se assustem, o ambiente é perfeitamente inofensivo. Há muitos casais, e há grupos de homens sozinhos, claro, mas estão perfeitamente na deles. Ninguém incomoda ninguém. Fiquei agradavelmente surpreendida pois havia até mulheres sozinhas a assistir ao show. Eu assisti o espectáculo com o meu marido e sentido-nos perfeitamente enquadrados no ambiente.
Em cena está, desde 2009, o espectáculo Désirs dirigido pelo conhecido coreógrafo Philippe Decouflé e pelo diretor artístico Ali Mahdavi.
Relativamente a preços, os nossos bilhetes foram os mais simples, ou seja incluíam só mesmo espectáculo e ficaram por 105€/bilhete. Há outro tipo de bilhetes que incluem 1/2 ou 1 garrafa de champagne e podem verificar os preços no próprio site, que foi aliás onde comprei antecipadamente os bilhetes.
Durante o espetáculo é possível pedir bebidas, andam sempre por ali empregados de mesa, mas achei os preços um pouco elevados.
Como curiosidade o Le Crazy horse foi inaugurado em 1951, por Alain Bernardin, que foi também um dos responsáveis pela reconstrução cultural de Paris à época. O nome Crazy Horse foi em homenagem a um guerreiro índio. Esta sala já foi frequentada por Salvador Dali, Aristóteles Onassis, Maria Callas, Alain Delon entre outros e mais recentemente por Price e Karl Lagerfeld.
As bailarinas, são como não podia deixar de ser escolhidas a dedo e quando digo escolhidas a dedo é mesmo ao pormenor, pois o intervalo de altura permitido é muito reduzido e têm uma série de outras medidas às quais têm de corresponder.
Todos os anos há cerca de 500 candidaturas para vagas de bailarinas do Crazy Horse, mas só entram cerca de 20!
Os sapatos utilizados são na grande maioria Loubotins e o guarda roupa também é desenhado por estilistas de renome.
Obrigada por lerem e boas viagens!