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Torta de laranja

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Hoje partilho a receita de uma torta de laranja muito fácil de fazer e que faz sempre muito sucesso!

Esta é uma receita da minha sogra, que infelizmente não tive o prazer de conhecer, e que além de uma mulher de fibra era uma excelente cozinheira.

Desde que entrei na família que ouvia falar das suas muitas especialidades e esta torta era uma delas.

A minha sogra tinha um livro de receitas próprio, feito por ela e com muitas anotações. Há uns anos atrás, o meu cunhado que também é um excelente doceiro, ofereceu-me uma cópia do livro.

Desde aí que tento em todas as festas, que faço em casa, fazer uma receita desse livro, é a minha forma de a homenagear e de a manter presente. E sei que tanto o meu marido como os meus cunhados gostam, pois perderam a mãe de forma repentina e muito mais cedo do que seria de esperar.

Como todos sabemos, a comida da nossa mãe é a melhor do mundo e mesmo quando não é a melhor do mundo, tem um sabor único no mundo que é o sabor da nossa mãe. Por isso mesmo sabendo que nunca fica igual, faço sempre o melhor que consigo e acho que muitas vezes fica bom!

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Ingredientes e receita:

  • sumo de duas laranjas e raspa de 1 laranja
  • 150gr de açucar
  • 6 ovos
  • 1 colher de chá de fermento

Na verdade já fiz esta receita de duas maneiras diferentes:

  1. Bater as gemas com o açúcar, juntar o sumo das duas laranjas (1 se for mesmo muito sumarenta) e a raspa, juntar o fermento e por fim juntar as claras previamente batidas em castelo e mexer com cuidado. Deitar este preparado num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal. Deixar cozer até picar com um palito e este sair limpo. Desenformar e enrolar com a ajuda de um pano.
  2. Misturar TUDO, no fim deitar o fermento. Deitar este preparado num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal. Deixar cozer até picar com um palito e este sair limpo. Desenformar e enrolar com a ajuda de um pano.

Garanto-vos que fica boa das duas formas!

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Nota: A receita original tinha 250gr de açúcar (todas as receitas antigas têm muito açucar…), como me parecia muito fui reduzindo e cheguei a este peso, que é o que me parece melhor para não ficar demasiado doce e enjoativo.

 

 

 

Amor, intimidade, cumplicidade…

Marta escreveu e eu concordo…

“A estratégia militar do amor
Quando não queremos fazer amor, tudo serve de desculpa. As dores de cabeça, o frio, o calor, os miúdos, o stress, a falta de tempo, os afazeres domésticos, o arroz que está ao lume, o gato que mia, tudo e um par de botas. E é fácil {tão fácil} perder o tesão. Basta adormecer à sombra da bananeira e achar que tudo {nós próprios, o outro, a relação}, são dados adquiridos. Um conforto letal.
Deixamos de olhar o parceiro como um objecto de desejo, mas apenas como um objecto. Deixamos de gostar do espelho que nos reflecte. Trocamos constantemente a vaidade saudável pelo conforto descuidado. Deixamos de ser mulheres e reduzimo-nos a mães, filhas, irmãs, amigas. Mas sempre às partes, que ninguém se pode dar inteira quando está pela metade.
Ao contrário, quando a paixão está ao rubro, nada serve de desculpa para não fazer amor.
Nunca é tarde nem cedo demais, a meteorologia não causa danos, os miúdos não importunam, a criatividade atinge picos dignos de um livro de estratégia militar: planeiam-se e conduzem-se campanhas, dividem-se forças, burla-se o inimigo. Preparam-se tácticas, coordenam-se tarefas, mantém-se segredo até que seja tarde para o oponente reagir, empregam-se elementos inesperados, tais como a velocidade, a criatividade e a audácia e define-se a hora certa de atacar, economizando recursos e escolhendo estratégias flexíveis para adaptações inesperadas.
É assim que se acaba a fazer amor nos sítios da casa mais recônditos e nas horas mais inusitadas. É também assim que se mantêm cumplicidades nas horas familiares mais difíceis, balões de oxigénio que ajudam a manter a calma, mesmo quando a casa arde.
Há uns anos atrás diria que um casamento pode sobreviver sem pele, nem beijos longos, nem enrolanços de espécie variada.
Agora já não acredito nisso. E cultivo a arte da guerra com esmero, que há erros que só se cometem uma vez.”

 Dos três, parece-me que o Amor é o mais difícil de perder. E talvez até o mais fácil de reacender!

Agora a intimidade e a cumplicidade… é verdade que se constroem, e é verdade que se alimentam, como a Marta tão bem descreve como a estratégia militar do amor, mas também é verdade são aquela parte que não se explica numa relação, seja ela de amizade, amor ou mesmo parentesco.

Mas é também aquilo que só se consegue se nos dermos e se na relação em causa podermos ser quem realmente somos.

E é, no fundo, aquilo que faz a diferença em todas elas!